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Tireoide e Paratireoide

DOENÇAS DA TIREOIDE

A tireoide é uma glândula situada na região central do pescoço, responsável por produzir dois hormônios (T3 e T4). Esses hormônios regulam o crescimento e o metabolismo do organismo, controlam funções como os batimentos cardíacos, estados de humor, temperatura corporal, interferindo, inclusive, na formação do bebê no útero materno.

HIPOTIREOIDISMO

O hipotireoidismo é a síndrome clínica decorrente de redução da concentração ou da ação dos hormônios tireoidianos, resultando em queda do metabolismo e prejuízo das atividades biológicas que dependem do estímulo de T3 e T4.

A principal causa é a doença de Hashimoto, provocada por anticorpos anormais que confundem a tireoide com um corpo estranho e passam a atacá-la levando a redução da produção de seus hormônios.

Atualmente estima­se que a prevalência de hipotireoidismo seja de aproximadamente 0,3% da população. O risco é bem maior em mulheres (5 a 10 vezes maior do que em homens) e aumenta com a idade.

Alguns dos fatores de risco:

  • Idade > 60 anos
  • História familiar de doença tireoidiana
  • Presença de alguma outra doença autoimune
  • História de radioterapia cervical
  • Tratamento prévio para hipertireoidismo
  • Presença de bócio
  • Presença de nódulos de tireoide
  • Uso de fármacos como amiodarona, interferon­alfa e lítio
  • Hepatite C
  • Síndrome de Down e síndrome de Turner

Seus sinais/sintomas principais são: cansaço, sonolência, falta de energia, sensação de frio, constipação intestinal, queda excessiva de cabelo, ganho de peso modesto (principalmente em decorrência de retenção hídrica), irregularidade menstrual, inchaço ao redor dos olhos e nas pernas, entre outros.

O diagnóstico é feito com a dosagem dos hormônios tireoidianos (que podem estar normais ou baixos) e do hormônio hipofisário TSH (que deverá estar elevado).

O tratamento é simples, através da reposição hormonal com levotiroxina, o principal hormônio produzido pela tireoide. Acompanhamos com exames de sangue periodicamente.

A medicação deve ser administrada em jejum (idealmente 40 minutos antes do café da manhã), de modo a evitar interferências em sua absorção. A dose dependerá da idade, sexo, peso ideal, altura e da reserva tireoidiana que o paciente ainda apresenta.

Recomenda­se que o paciente utilize sempre a mesma apresentação comercial de levotiroxina, de modo a evitar que a troca de marca resulte em alterações de absorção da dose e em dificuldades para obtenção de um bom controle hormonal.

Com a reposição hormonal em dose adequada, a vida segue normalmente, sem riscos ou consequências para sua saúde.

NÓDULO DE TIREOIDE

Os nódulos de tireoide são patologias muito comuns, sendo diagnosticados em 19 a 67% das pessoas acima de 40 anos de idade.

É muito frequente, principalmente no sexo feminino, a descoberta ao acaso de um nódulo na tireoide através de ultrassonografia solicitada como um exame de check-up. No entanto, somente 5-8% dos nódulos tiroidianos maiores que 1cm podem ser ou vir a ser um câncer. A grande maioria são doenças benignas que devem ser acompanhadas por endocrinologista, mas sem necessidade de intervenção terapêutica.

A avaliação dos nódulos deve ser realizada por um endocrinologista experiente e a investigação complementar, se necessária, é feita com o uso da Punção Aspirativa com Agulha Fina (PAAF).

HIPERTIREOIDISMO

Consiste numa situação na qual a glândula tireoide libera grandes quantidades de hormônios na circulação sanguínea, levando a uma aceleração generalizada do metabolismo. Pode ocorrer em qualquer idade e implica em risco importante para a saúde.  

O excesso de hormônios tireoidianos pode ter diversas causas, dentre elas, a doença de Graves (etiologia autoimune, na qual a tireoide é estimulada por anticorpos a produzir mais hormônio), a doença de Plummer (nódulo na tireoide passa a produzir hormônios em excesso), uso inadequado de medicações que contenham esses hormônios e outros fármacos como amiodarona, por exemplo.

Os sintomas são: tremores, calor excessivo, perda de peso rápida, diarreia, taquicardia, irritabilidade, falta de sono, agitação. Alguns casos podem cursar com doença ocular: os olhos ficam vermelhos e lacrimejam, e pode haver protrusão do globo ocular com dificuldade para fechar a pálpebra.

O diagnóstico é feito com a dosagem dos hormônios tireoidianos (que podem estar normais ou elevados) e do hormônio hipofisário TSH(que deverá estar baixo).

A investigação da causa é feita através da história clínica e da pesquisa de anticorpos, ultrassonografia e eventualmente pode ser necessário uma cintilografia.

O tratamento varia de acordo com a etiologia podendo ser através de medicamentos, iodo radioativo e, em casos mais graves, cirurgia para retirada da glândula.

Doenças das Paratireoides – alterações do cálcio

As paratireoides são glândulas localizadas atrás da tireoide. Elas são importantes para a regulação da quantidade de cálcio no organismo. Alterações no funcionamento dessas glândulas podem desencadear doenças como hiperparatireoidismo, osteoporose e a formação cálculos renais.

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