Atualmente, com o estilo de vida moderno, sintomas como ansiedade e estresse estão cada vez mais presentes no nosso dia-a-dia. Normalmente, passamos por situações isoladas ou temporárias de nervosismo, que não chegam a ser prejudiciais. O problema é quando essa exposição passa a ser rotineira e reflete na saúde.
Diante de ameaças, o nosso organismo gera uma resposta metabólica primitiva de defesa, com objetivo de reservar energia para alimentar os músculos e deixá-los preparados para correr ou lutar. Bioquimicamente, ocorre a liberação de um hormônio chamado cortisol, que aumenta o apetite e acarreta a deposição de gordura na região central do corpo.
Hormônios:
A leptina é um hormônio produzido pelas células de gordura e é sinalizador de saciedade, enquanto que a grelina é um hormônio que estimula o apetite. O estresse afeta a ação desses hormônios, de modo a prevalecer a ação da grelina sobre a da leptina, contribuindo para o aumento da fome. Esse desequilíbrio hormonal também é acarretado em situações de privação do sono. Pessoas estressadas tendem a dormir menos e a ter uma pior qualidade de sono, o que também afeta a disposição para a realização de atividade física resultando em menor gasto energético. Vários estudos mostram que o número de horas de sono por noite está inversamente relacionado ao IMC e obesidade.
Além disso, o estresse pode aumentar a ativação de uma região cerebral relacionada a emoções, desencadeando a vontade de comer alimentos altamente calóricos, como doces e carboidratos simples, que tem propriedades de recompensa poderosas.
Ansiedade e nervosismo podem ser também consequência da obesidade por diversos motivos, dentre eles fatores sociais e discriminação. Se forma então um ciclo vicioso em que o organismo não entende que deve parar: quanto mais estresse, mais cortisol, maior a vontade de comer, maior o excesso de peso.
Agora que você já sabe que há uma ligação cientificamente comprovada entre estresse e obesidade, mude seu estilo de vida e inclua hábitos saudáveis para minimizar o estresse.
Algumas dicas:
- Mantenha uma dieta saudável, sempre supervisionado por um profissional. Fazer dietas sem orientação e com objetivos mal definidos também pode elevar a produção do cortisol, que aciona a resposta estressante e impede a perda de peso. Deixe de lado os alimentos processados e prefira alimentos integrais e nutritivos, incluindo frutas e legumes. Certifique-se também de beber muita água.
- Exercite-se regularmente. A prática de atividades como caminhadas, bicicleta, ou outros esportes, por exemplo, induz a produção de endorfinas, substância responsável por proporcionar uma sensação de relaxamento e prazer.
- Tenha boas noites de sono.
- Organize-se, defina suas prioridades e não se esqueça de dedicar uma parte do tempo para realização de uma atividade prazerosa.
Veja também sobre Tireoide e Paratireoide
Adorei o texto, muito informativo e esclarecedor!!